O
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) sofreu uma redução de quase 50% na
quantidade de novos contratos firmados entre o primeiro semestre de 2014 e o
primeiro semestre de 2015. Segundo o levantamento final da plataforma do Fies,
divulgado pelo Ministério da Educação na tarde dessa segunda feira (4), a
queda foi de 480 mil no ano passado, para 252 mil neste ano, o equivalente a
47,5%. O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que esses 252 mil
contratos consumiram toda a verba do Fies para novos financiamentos
em 2015, equivalentes a R$ 2,5 bilhões. Por isso, uma segunda edição do
programa, no segundo semestre, ainda não está garantida.
"Depende
da disponibilidade orçamentária", disse ele, em entrevista coletiva em
Brasília, quando questionado sobre a possibilidade. "Estamos trabalhando
nisso, mas não podemos prometer algo que não temos certeza."
Caso o MEC
não abra uma nova edição do programa, o número de novos contratos
doFies em 2015 seria 65,6% menor que o total de novos financiamentos abertos
em 2014 (cerca de 731 mil, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação, FDNE). Trata-se do número mais baixo dos últimos quatro anos.
Neste
primeiro semestre, a demanda por novos contratos do Fies avançou um pouco em
relação ao do ano passado. Secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa,
cerca de 500 mil estudantes buscaram o programa para tentar financiar um curso
de ensino superior, mas por volta de metade deles acabaram ficando de fora.
NA JUSTIÇA
Segundo
reportagem do Jornal Nacional, o MEC foi notificado por volta das 19h dessa
segunda feira (4) sobre a decisão da Justiça Federal de Mato Grosso
que determinou a reabertura do Fies para novos contratos, por tempo
indeterminado (assista na reportagem abaixo). Na tarde desta segunda, porém,
o ministro da Educação já havia informado que o ministério recorreria
"imediatamente" da decisão.
"Entendemos
que, não havendo mais recursos, a reabertura do sistema seria meio
inútil", disse Janine.
Segundo
o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, os recursos do Fies são
limitados, mas que, "mesmo em ano de ajuste fiscal" o governo tem
compromisso com a educação.
"Na
próxima edição, queremos que todos saibam quantas vagas serão. Ele vai saber
que o curso X na instituição X tem tantas vagas. Ele vai concorrer de forma
transparente pela sua nota do Enem", explicou Costa.
Fonte: http://redesuldenoticias.com.br/noticias/05_05_2015_numero_de_novos_contratos_do_fies_caiu_quase_50__entre_2014_e_2015.htm
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